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Educando nos dias de hoje!!!


Estamos passando por uma mudança de paradigmas, por uma fase em que os saberes não são mais exclusividade de quem ensina, tanto quanto seres humanos quanto como educadores. O papel do educador é muito mais o de um facilitador e orientador do processo de desenvolvimento do(s) outro(s). O objetivo do educador é o de oferecer instrumentos ao educando para que ele possa procurar dentro de si e no mundo externo, as informaçõe necessárias para o seu crescimento. O educador/facilitador é um alavancador de novos rumos, motivador para a mudança, auto-conhecimento, auto-transformação e reformulação de valores. O papel do educador é o de levantar questionamentos que “provoquem” e “desequilibrem” seu(s) interlocutor(es), em prol da mudança.
Porque e quando isto acontece?

Não é um acontecimento instantâneo e sim um processo, onde para cada indivíduo ocorre a partir de eventos ou fatos muito particulares. A partir de um desconforto, de um sentimento de que as coisas não estão certas do jeito que estão para mudar precisamos nos desvencilhar de idéias preconcebidas, formas viciadas de relacionamento, para reconstruir, tijolo por tijolo, nossa nova forma e, aos poucos, ir experimentando qual é o clima que darei a cada encontro, a cada oficina, a cada aula. Quais as bases de pensamento sobre as quais irei “sentar”, me alimentar e dormir; ou seja, os novos paradigmas que irão servir de norte para o meu novo comportamento, minha nova postura; que estilo irei adotar.

Se refletirmos a respeito de :
• que estilo quero adotar(filosofia)
• o que é essencial para mim (meus valores) e o que é superficial (justificativa)
• o que quero nesta nova fase (meus objetivos)
• como vou apresentar essas questões (metodologia)
• que materiais vou utilizar
Avaliar o que está confortável, o que está prático, ir fazendo os pequenos ajustes para ir adequando o meu espaço ao meu jeito. A minha filosofia de trabalho às necessidades de todos aqueles que moram comigo ou vem me visitar.

Vamos refletir à respeito da postura do educador até os dias de hoje:
• autoritária, centrada em um único indivíduo, considerado “detentor dossaberes”, dono da verdade
• unilateral, no sentido de não ter flexibilidade, utilizando e repetindo velhas fórmulas ou receitas sem atentar para as necessidades daqueles a quem nos dirigimos
• o seu maior objetivo é ensinar, informar, transmitir conhecimentos
• considera o outro como uma tábua rasa que deveria incorporar, adotar os seus saberes incontestáveis
• abomina o conflito
• condena e rejeita o erro
• avalia, taxa e classifica o bom e o ruim, o melhor e o pior

Vamos fazer agora, uma reflexão a respeito da postura do novo educador, facilitador do
processo do outro:
• ele ouve, observa e reconsidera o processo de desenvolvimento do seu aluno/educando/aprendiz.
• reflete a respeito da sua própria prática, recriando-a em função das necessidades do(s) seu(s) interlocutor(es): avalia o seu processo e postura
• reconstrói junto com o(s) outro(s) os saberes
• é flexível e aberto para a mudança
• trabalha a partir dos conflitos, procurando caminhos para resolvê-los
• utiliza o erro como alavanca e desafio para novas aprendizagens
• o seu maior objetivo é formar, propiciar a abertura de canais no outro e oferecer ferramentas para que o outro possa ser ele mesmo, se descobrir, expressar-se.

Baseado No texto de Adriana Friedmann
Organização do Caderno de Jogos Cooperativos -
Juliana Assef Pierotti
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